domingo, 8 de fevereiro de 2009

Uma vez até morrer



Enfim vencemos! Terceira rodada do campeonato mineiro, após dois empates sofríveis e preocupantes contra as fragilíssimas equipes do Mequinha e do Tupi, este último em situação alarmante, vencemos a mosca morta do Social de Fabriciano, fortíssimo candidato ao rebaixamento nessa temporada. E de que importa? O que importa é vencer, e o atleticano vai se reacostumar com isso após quase uma década de gestões fracassadas e conformistas que relegaram o time de futebol do gigantesco Clube Atlético Mineiro a uma equipe medíocre, totalmente incompatível com sua história. Alexandre Kalil ainda não acenou com o projeto do sócio-torcedor que vem dando tão certo no Inter de PoA e que a massa Alvinegra tanto clama, mas vem mostrando, até o momento, uma gestão mais competente e ambiciosa que as administrações de RG e Ziza Valadares. O time do Atlético esse ano está longe de ser um dos melhores do país, como deveria, mas está bem mais longe de ser um dos piores, como virou rotina nos últimos anos. A equipe vice-campeã brasileira em 1999 também não era um primor de técnica, mas venceu pela competência do então treinador Darío Pereyra e da gestão que contava com os atuais Bebeto de Freitas e Kalil, então diretor de futebol, e também, evidentemente, por ter acertado uma das melhores duplas de ataque que o Brasileirão já viu. Este ano, graças à crise econômica que impediu o êxodo absurdo de jogadores para o exterior e com o arrocho salarial experimentado pelas periferías européias, a maioria dos grandes clubes do Brasil montaram equipes muito mais qualificadas que as dos últimos anos. O Galo também, apesar de não estar, na minha modesta opinião, entre os melhores plantéis. E de que isso importa? Não foram poucas as vezes em que equipes mais limitadas levantaram canecos em cima de grandes esquadrões. A Alemanha, campeã de 1974, é um belo exemplo de um bom time que bateu uma máquina. Tudo que o Galo precisa pra reencontrar o caminho dos títulos é entender as limitações do plantel e montar uma equipe competitiva, dentro de seus limites, e ambiciosa. Para isso temos agora um treinador que montou times vitoriosos com poucas peças em ambas as vezes em que dirigiu o glorioso. Émerson Leão, apesar de ranzinza e ególatra, é sim, um bom técnico de futebol e tem identificação com o clube. Esperamos que daqui pra frente o Galo do povo volte a vencer e amedontrar todos os grandes do país, como sempre fez, e que a massa ansiosa possa enfim soltar da garganta o grito que está preso há anos. Nós merecemos, e vamos torcer contra o vento!

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